Viajar de Florença a Siena significa mergulhar no mundo dos grande vinhos toscanos. O percurso começa na zona do Chianti, uma grande área de colina situada entre as duas cidades.
As paisagens são magníficas, infinitas plantações de uvas e olivas e vastos campos de trigo que durante a primavera, mesclam-se ao vermelho das papoulas. Castelos, vilas e grandes fazendas enriquecem ainda mais esse mágico território.
A estrada Chiantigiana atravessa toda a região e, embora a viagem por aqui seja mais longa do que pela autoestrada, vale a pena percorrê-la de carro para admirar panoramas muito singulares. O território do Chianti Classico inclui as cidades de Greve, Radda, Castellina e Gaiole in Chianti, alem de parte de Castelnuovo Berardenga, Barberino Val D'Elsa, San Casciano Val di Pesa, Poggibonsi e Tavarnelle, todas dignas de uma visita. São lugares que escondem um segredo: a capacidade única de conservar antigas tradições.
A produção do vinho é uma delas. Nas terras do Chianti Classico, nos 70 km que separam Florença e Siena, cada dia conta uma parte da historia do trabalho que torna famoso o vinho Chianti em todo o mundo. Quem visita esta área não pode deixar de visitar as adegas e pontos de vendas onde adquirir produtos típicos.
A grande estrela é, sem duvida, o vinho Chianti Classico DOCG que, segundo as normas, é obtido exclusivamente de uvas Sangiovese, ou unidas à outras espécies tintas como a Canaiolo e a Colorino, e se distingue pelo uso do símbolo do “Galo Nero” (galo negro) desde 1924.
O azeite extra virgem de oliva, o Vinsanto – vinho doce licoroso, a carne Chianina – proveniente da raça bovina homônima, a carne de javali e a carne de porco cinta senese – raça típica da região, e o açafrão, são outros deliciosos produtos que fazem parte da grande tradição culinária local.
Dirigindo-se ao sul, ainda na província de Siena, encontramos uma joia renascentista, Montepulciano. A linda cidade cercada por vinhedos e oliveiras, berço do Vino Nobile di Montepulciano DOCG - vinho de excelente qualidade, entre os mais antigos da Itália, e do “pici”, um saboroso tipo de massa feita a mão, rústica e antiga.
Na Val d'Orcia, ao sul de Siena, é obrigatória uma parada em Montalcino. Uma cidade que merece ser descoberta com calma, para apreciar suas belezas arquitetônicas e os sabores de um dos mais famosos vinhos do mundo, o Brunello di Montalcino.
Retornando a Siena, na zona da Val d'Elsa, chega-se a um dos lugares mais interessantes da Toscana, San Gimignano. A “cidade das torres”, como é conhecida por hospedar inúmeras delas, surge no alto de uma colina, rodeada por muros fortificados, um extraordinário exemplo de urbanística medieval. Aqui os amantes dos vinhos brancos podem ser deliciar com o celebre Vernaccia di San Gimignano, produzido a partir da uva homônima.
Fabulosos vinhos toscanos
Com o seu aroma frutado e suas notas aromáticas, a uva Sangiovese é a alma da região
Colinas caracterizadas por imponentes ciprestes, antigas oliveiras e vinhedos a perder de vista. A Toscana estende-se do Tirreno aos Apeninos e do sul do golfo da Ligúria ate as suaves colinas da Maremma, com o Chianti ao centro. Praticamente o inteiro território é perfeito para a produção vinícola e ocupa uma posição de destaque na enologia mundial.
A paisagem é muito variada, diversos tipos de solo e microclimas diferentes resultam em uvas distintas e vinhos particulares. A principal uva tinta é a Sangiovese, alma da região e principal “ingrediente” dos mais famosos vinhos toscanos, como o Chianti.
Outras importantes variedades aqui presentes são Brunello, Canaiolo, Prugnolo Gentile, Pollera Nera, Morelino di Scansano e as francesas Cabernet Sauvignon e Merlot, muito usadas na produção dos “Supertoscanos”. Entre as uvas brancas, encontramos a Malvasia do Chianti, a Malvasia Candia, Moscato Bianco, Trebbiano, Vermentino di Luni, Ansonica, Pinot Bianco e as gaulesas Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Entre os vinhos mais renomados produzidos aqui, podemos citar os grandes tintos Chianti Clássico, o Brunello di Montalcino e o Nobile di Montepulciano. Entretanto, existem inúmeras outras denominações de grande qualidade e muito apreciados, como Carmignano, o Morellino di Scansano, o Montecucco, ou o branco Vernaccia di San Gimignano.
Famoso também e digno de ser apreciado é o Vin Santo, um vinho doce licoroso, consumido no final da refeição como acompanhamento à sobremesa, produzido principalmente a partir da Trebbiano e da Malvasia do Chianti.
A uva Sangiovese é a alma da região: com o seu aroma frutado e suas notas aromáticas, acidez equilibrada e taninos maduros
Colinas caracterizadas por imponentes ciprestes, antigas oliveiras e vinhedos a perder de vista. A Toscana e Florença, um binômio perfeito que faz pensar em algo maravilhoso.
A região estende-se do Tirreno aos Apeninos e do sul do golfo da Ligúria ate as suaves colinas da Maremma, com o Chianti ao centro. Praticamente o inteiro território é perfeito para a produção vinícola e ocupa uma posição de destaque na enologia mundial.
A Toscana apresenta um paisagem muito variada, diversos tipos de solo e microclimas diferentes que resultam em uvas distintas e vinhos particulares. A principal uva tinta é a Sangiovese, alma da região e principal “ingrediente” dos mais famosos vinhos toscanos, como o Chianti.
Outras importantes variedades aqui presentes são Brunello, Canaiolo, Prugnolo Gentile, Pollera Nera, Morelino di Scansano e as francesas Cabernet Sauvignon e Merlot, muito usadas na produção dos “Supertoscanos”. Entre as uvas brancas, encontramos a Malvasia do Chianti, a Malvasia Candia, Moscato Bianco, Trebbiano, Vermentino di Luni, Ansonica, Pinot Bianco e as gaulesas Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Entre os vinhos mais renomados produzidos aqui, podemos citar os grandes tintos Chianti Clássico, o Brunello de Montalcino e o Nobile di Montepulciano. Entretanto, existem inúmeras outras denominações de grande qualidade e muito apreciados, como Carmignano, o Morellino di Scansano, o Montecucco, ou o branco Vernaccia di San Gimignano.
Famoso também e digno de ser apreciado é o Vin Santo, um vinho doce licoroso, consumido no final da refeição como acompanhamento à sobremesa, produzido principalmente a partir da Trebbiano e da Malvasia do Chianti.
Bolgheri e Castagneto Carducci: pátria dos Supertoscanos
Verdadeiro Éden dos “enogastronomos” mais exigentes
O termo “supertuscans”, ou “supertoscanos” foi cunhado pelos jornalistas anglófonos na tentativa de dar uma identidade precisa aos grandes vinhos produzidos nessa região - sobretudo o Sassicaia - e que fosse capaz de distingui-los dos comuns e menos prestigiosos “vini da tavola” (vinhos de mesa), uma vez que não eram tutelados por uma “DOC” (denominação de origem controlada). O termo é ainda muito utilizado mesmo que atualmente exista uma “DOC Bolgheri”.
Nosso itinerário em busca dos sabores grandiosos dos Supertuscanos parte da celebre avenida de ciprestes de Bolgheri. A avenida, ladeada por duas fileiras de ciprestes seculares e longa quase seis km conduz à cidade a qual acede-se através do antigo castelo. Numerosos restaurantes propõem pratos típicos: sopa de farro, ribolitta, sopa de cavolo nero, pappardele al colombaccio, queijos pecorinos e salames de produção local. Obviamente, não faltam enotecas e outros lugares onde degustar e comprar os preciosos vinhos DOC Bolgheri.
Saindo dali a viagem continua pela “Strada del Vino” que serpenteia ao longo da Bolgherese (a estrada provincial SP16) e leva à Castagneto Carducci. Aqui a beleza do território aparece completa. O enoturista se deslumbrara com a regularidade dos vinhedos, os bordados de pinheiros marítimos e os ciprestes.
Destes terrenos provem as uvas que, junto com o Sassicaia, tornaram mundialmente famosas essa parte de Toscana. A Tenuta Ornellaia – onde são produzidos o Masseto e o Ornellaia – é a primeira que se encontra e, logo depois, a “adega boutique” Le Macchiole – casa do Paleo, Scrio e Messorio. Um pouco mais longe, quase escondida, está a adega Ca' Marcanda, de Angelo Gaja e, exatamente em frente, os vinhedos do Campo alla Sughera. Em direção ao mar situa-se a maior das empresas do bolgherese, a Tenuta Guado al Tasso, dos Antinori.
Existem ainda empresas pequenas e medias, de gestão familiar que produzem vinhos de grande qualidade como por exemplo, Ferrari Iris e Figli, Campo al Noce, Sant'Agata e muitas outras. Nesses locais é possível adquirir vinhos, azeites, frutas e verduras.
Sobre as colinas que circunda os vinhedos, a cultura das oliveiras domina a paisagem. A produção de azeite extravirgem é parte integrante do território de Bolgheri e Castagneto Carducci. Os terrenos e o microclima marinho dão origem a um azeite de sabor equilibrado e delicado.
Ao longo da estrada o viajante que decidir passar mais tempo nessas terras, encontrara diversos agriturismos. No final da Bolgherese, começa a subida em direção à cidade de Castagneto Carducci que merece seguramente uma visita pela sua grande beleza e encantadores panoramas. Aqui também não faltam restaurantes e enotecas. As tradições culinárias se mantêm muito vivas, caracterizada sobretudo pelo uso de produtos das terra e pelas carnes de caça, esposando-se a perfeição aos grandes tintos produzidos na zona.
Vinhos brancos e roses de qualidade também são produzidos na região e a proximidade do mar consente de harmonizá-los aos peixes frescos.
Em Castagneto Carducci, todos os anos na primavera é realizado o evento gastronômico “Castagneto a Tavola”, com propostas de degustações de vinhos, jantares temáticos em restaurantes, laboratórios de sabor e visitas guiadas às adegas.
Viagem pelas terras dos celebres tintos de Siena
Descubra o Chianti, a Val di Chiana e a Val d'Orcia
Na província de Siena encontramos três dos mais famosos vinhos tintos italianos: o Chianti Classico, o Brunello di Montalcino e o Nobile di Montepulciano. Terras que merecem ser descobertas não só pela excelência de suas bebidas, como também pelas maravilhas de suas paisagens. Um percurso que satisfaz o intelecto e o senso estético, simultaneamente ao paladar e ao olfato.
O Chianti Classico, produzido nas cidades do Chianti de Siena, é a primeira etapa do nosso percurso. De Castellina in Chianti, siga pela Chiantigiana, a SS 222, uma estrada panorâmica que atravessa bosques e vinhedos e é pontuada por belíssimos castelos. Aconselhamos prosseguir em direção a Radda e Gaiole in Chianti e dali a Castelnuovo Berardenga, três cidades deliciosas no mais puro estilo local. Alem das belezas arquitetônicas, numerosas lojas de produtos gastronômicos, enotecas e restaurantes garantirão momentos inesquecíveis aos paladares mais exigentes.
Experimente algumas iguarias típicas como o “Tonno del Chianti” (atum do Chianti), na verdade - uma carne de porco cozida e conservada em azeite, como se faz com o atum, ou então a ribollita, uma deliciosa sopa de verduras, legumes e pão, os salames e os queijos pecorinos.
De Castelnuovo Berardenga a estrada para Val di Chiana é breve. O panorama é completamente diverso do Chianti, os desenhos são mais doces e elegantes, é a terra da “gentileza”.
Estamos finalmente na Val di Chiana, onde o Renascimento deixou traços evidentes, principalmente na arquitetura: Sarteano, Montepulciano, os palácios e praças harmoniosas. Por aqui natureza e estrutura urbana integram-se perfeitamente no reino do vinho Nobile di Montepulciano, derivado de um clone de Sangiovese, a Prugnolo Gentile. Um vinho elegante que parece respeitar os mesmos princípios de harmonia renascentista das terras onde nasce.
A fabulosa Montepulciano é cheia de belezas e testemunhos do Renascimento, como o Tempio di San Biagio, imponente edifício cuja construção foi apoiada pelo Papa Leão X - Giovanni Lorenzo de' Médici, aluno de Angelo Poliziano.
Antes de deixar a Val di Chiana e entrar na Val d'Orcia, visite Casteluccio della Foce, de onde é possível admirar o Monte Amiata de uma bela perspectiva. A Val d'Orcia é onde nasce o Brunello di Montalcino, um dos mais famosos vinhos do mundo e talvez a mais importante interpretação da mais toscana das uvas, a Sangiovese. O Brunello é quase um “monumento”, um vinho que ressalta a ligação entre homem e natureza, essência ultima do espírito renascentista.
Montalcino, pátria do grande vinho, é uma magnífica cidade repleta de traços do Renascimento. Numerosas obras de arte encontram-se, por exemplo, no Museu Diocesano de Arte Sacra, mas o inteiro vilarejo é lindo. Depois de um belo passeio, repouse-se com um cálice de Brunello e um prato de “pici” feito a mão. Pici é uma saborosa massa rústica feita de farinha e água.
Siena de doce perfume
Obras de arte na historia e no sabor
Em Siena, enquanto caminha por suas ruas - quase nunca planas - para descobrir as tantas obras de arte renascentistas, saboreie os deliciosos doces típicos, especialidades que tornaram a cidade famosa no mundo dos “gourmet”.
O nosso itinerário começa na lindíssima catedral de Siena onde os artistas mais inovativos de 1400 executaram seus principais ciclos de pinturas e esculturas. Bernardino di Betto, o Pinturicchio, realizou os afrescos da Libreria Piccolomini - dentro da catedral e criada para conservar a biblioteca do Papa Pio II. Os protagonistas das artes plásticas renascentistas também estão presentes com suas obras, como Francesco di Giorgio e Michelangelo. O pavimento de rara beleza e insuperável elegância foi realizado por alguns dos maiores artistas de 1400 e 1500: Matteo di Giovanni, Guidoccio Cozzarelli, Benvenuto di Giovanni Antonio Federighi e, principalmente, Domenico Beccafumi. (Duração da visita: cerca de 1,5 horas)
O Duomo (catedral) com seus mármores brancos e suas torres, recordam por afinidade cromática os biscoitos típicos de Siena, os “cavallucci”. Recobertos de açúcar, possuem um coração de amêndoas, nozes e especiarias que revelam a influencia oriental na cidade. Passeando pelas ruas do centro histórico, você provavelmente sentira seu perfume. A origem desse doce é curiosa, eram oferecidos aos viajantes à cavalo, muito nutritivos e fáceis de comer, mesmo durante uma longa viagem em sela. Em frente ao Duomo, surge o Spedale di Santa Maria della Scale, antigamente um potente instituição econômica. Seu interior é cheio de importantes obras de arte. (Duração da visita: cerca de 1 hora).
Saindo dali, em direção à Pinacoteca Nazionale, é uma boa idéia parar nos cafés, ou padarias que encontrar pelo caminhos para provar os “ricciarelli”, saborosos biscoitos em forma de losango que devem seu nome a Ricciardetto della Gherardesca que retornou das Cruzadas na Terra Santa, claramente inspirado pelos sabores do Oriente Medio. O doce é feito com amêndoas, ovos e açúcar.
Entrar na Pinacoteca é entrar em uma espécie de enciclopédia da cultura figurativa de Siena, onde os protagonistas são ilustrados em um grande numero de obras de alta qualidade: Francesco di Giorgio, Matteo di Giovanni, Giacomo Cozzarelli, Girolamo di Benvenuto e Beccafumi, entre outros.
Nesse ponto do percurso, você estará pronto para conhecer o ultimo – e talvez o mais famoso – doce senese: o “panforte”. Produzido com fruta cristalizada, mel, espécies, fruta seca e açúcar, é uma espécie de hino à abundância e aos perfumes quentes do oriente. Prove esta explosão de sabores acompanhado de um cálice de Vin Santo, o vinho doce licoroso típico da hospitalidade na Toscana. Nas cores do panforte e do Vin Santo que se unirão àquelas do pôr-do-sol e das construções de tijolos da cidade, assim como no seu perfume, você encontrara toda a magia de Siena.
Culinária florentina “DOC”
Deliciosos pratos típicos dignos de nota
A cozinha florentina mais requintada saiu dos confins nacionais em 1533 quando Catarina de' Médici casou com Henrique de Valois, rei da França. A rainha tinha apenas 14 anos, mas já amava a boa mesa e se fez acompanhar por alguns cozinheiros e doceiros. Assim, os pratos florentinos mais requintados chegaram à França.
Já a cozinha do povo era bem diversa e se baseava em ingredientes simples e pobres como o pão, o azeite e as verduras. Foi principalmente essa culinária a passar de geração em geração, ainda que não faltem também as receitas mais elaboradas como as carnes preparadas em “dolceforte” - antigo modo de cozinhar as carnes em molhos agridoces, quase sempre com a adição de chocolate amargo.
O prato florentino mais famoso é sem duvida, a suculenta “bistecca alla fiorentina”, uma carne bovina de excelente qualidade, cortada em bistecas espessas cerca de seis centimetros e assada na brasa, preferencialmente de madeira de castanha, mal passada e depois temperada com sal, pimenta do reino e uma gota de azeite.
Famosas também as sopas: a “pappa al pomodoro” - uma consistente sopa de tomate, e a “ribollita”, sopa a base de feijão, pão e tantas verduras e legumes, muito saborosa. No verão, os pratos quentes são substituídos pela “panzanella”; uma refrescante salada de pão, tomate, cebola, pepino e manjericão.
Outras carnes muito apreciadas são as de caça e o porco – a “arista di maiale” é uma saborosa costela assada com alho e alecrim. O figado também é uma paixão dos florentinos, o de porco é cozido num espetinho envolvido na própria rede e alternados a pedaços de pão, enquanto o de frango da origem a um pate servido quente muito tradicional como antepasto, sobre fatias de pão torrado (crostini).
Muito comum na cidade embater-se nos “trippai”, ou seja, nos vendedores de tripa, ou de “lampredotto”, o quarto estomago do boi, que se consome com molho de tomate em um sanduíche. Esta iguaria é servida tanto por vendedores ambulantes, como em restaurantes tradicionais.
Dentre os muitos acompanhamentos, o feijão branco ocupa um lugar especial, seja simplesmente cozido e temperado, ou melhor, “afogado” em azeite de oliva, seja “all'uccelletto”, com sálvia e tomate.
Os doces de destaque são o “castagnaccio”, uma torta feita de farinha doce de castanha, a “schiacciata alla fiorentina” e a “schiacciata com l'uva”.
Delicias da Versilia: mar e monte
Mini-guia aos sabores típicos do mar e da montanha
Das receitas de peixe às tortinhas de verdura, dos sabores do mar, àqueles da montanha, tudo acompanhado pelo gosto inconfundível dos azeites locais: estes são os sabores típicos da Versilia.
Situada entre o Tirreno e os Alpes Apuanos, essa área mescla perfeitamente os sabores do mar àqueles da montanha. Como exemplo, basta pensar em tradicionais receitas como o “farro” (espelta) - um grão primitivo da família do trigo muito consumido na Toscana - com peixe, ou camarões e lulas gratinados com o farro e regados com um fio de azeite extravirgem e tomates.
Nosso ponto de partida é Viareggio, antigo porto pesqueiro da Versilia. Antes tudo, vale a pena visitar os numerosos mercados que animam a cidade na parte da manha. O principal é aquele que se tem na centralíssima Piazza Cavour, em torno a qual situam-se alguns estabelecimentos históricos como a antiga peixaria Volpe. Exatamente em Viareggio, degustaremos um dos mais antigos pratos da tradições versiliese: “cee in padella” - cee são “mini-enguias”, muito jovens e que na culinária local são cozinhadas com alho, sálvia e limão. Deliciosas também as “sparnocchi com faggioli”, ou seja, um crustáceo local similar ao camarão, preparadas com feijão.
Não muito distante dali, em Camaiore, uma das tradições é a “scarpaccia”, uma saborosa tortinha salgada de verduras. Seguindo em direção ao mar, em Marina di Camaiore, a iguaria que merece todas as atenções é o risoto de lulas com “bietola”, uma verdura similar ao espinafre, ou ainda o polvo, quase sempre preparado com batatas e azeite. Enfim, outra especialidade camaiorese é o “biroldo”, um salame de sangue de porco aromatizado.
Antigas tradições: cozinha toscana
Saber e sabor de uma cultura gastronômica milenar
Arte e tradição, são esses os principais ingredientes que fazem da Toscana um lugar tão especial. Um imenso patrimônio que passa também pela culinária para transformar cada momento das férias uma experiência única.
Os ingredientes genuínos e as antigas receitas criadas pelas sabias mãos das mulheres do passado, conduzirão o visitante em uma viagem extraordinária entre saber e sabor de uma cultura gastronômica milenar. Seja nas mais belas cidades de arte como Florença, ou Siena, que nos pequenos vilarejos medievais, não será difícil encontrar um restaurante onde degustar as melhores iguarias, joias para o corpo e para o espirito.
Nosso itinerário de delicias parte da excelência das docerias: Siena é a protagonista absoluta. Pare nos cafés históricos da Piazza del Campo, ou Piazza del Duomo e conceda-se um pequeno momento de prazer com o “ricciareli” e o “panforte” típicos da cidade que, em qualquer modo, lhe caracterizam os perfumes. Depois disso explore as inúmeras obras primas renascentistas ali presentes.
A cozinha toscana origina-se da cozinha pobre dos camponeses, de um tempo em que cada parte dos alimentos eram preciosas e era importante reaproveitá-los sempre que possível. Pratos simples e saborosos preparados com ingredientes frescos e regionais. Assim nasceu, por exemplo, a “Pappa al Pomodoro” - deliciosa sopa de tomates, pão e azeite extravirgem de alta qualidade; a “Panzanella” – refrescante salada de pão, tomates, pepino, cebola roxa e manjericão, a “Ribolitta” – consistente sopa de legumes, cereais, pão e ótimo azeite e tantas outras especialidades.
Em Florença, depois de uma bela caminhada pela cidade e de ter admirado as maravilhosas obras primas da Galleria degli Uffizi, faça uma pausa para saborear a autentica cozinha florentina. Seu maior símbolo é, certamente, a suculenta “Bistecca alla Fiorentina” - carne bovina de excelente qualidade, muito espessa e grelhada ao sangue. Porem, todas as refeições tradicionais por aqui começam com o típico antepasto toscano: um mix de salames, queijos e crostinis.
São inúmeras as delicias preparadas de acordo com as antigas regras, exatamente como fazia a “nonna”. Venha provar todas, você se apaixonará por esta gulosa região.
Cafés históricos de Florença
Os cafés históricos constituem uma das paginas mais interessantes da recente historia florentina: as revistas literárias, os movimentos artísticos, os grandes poetas italianos de 1900 que encontraram ali momentos de inspiração e polemica intelectual.
Caffé Bianchi
Inaugurado em 1920 por Pasquale Bianchi no no. 8 da Piazza S. Felice. Em 1929 o filho Bruno transferiu o café para o numero 5/r e começou a vender também doces e vinhos. Ali funcionava ainda um pequena torrefação de café que perfumava todo o bairro. Nos anos 60 a gestão passou a Luciano, filho de Bruno que comanda o negocio junto com o filho Jacopo. Belíssimo o balcão de mármore rosa, a porta, os detalhes em ferro batido e a decoração da saleta nos fundos do café.
piazza San Felice, 5/r - tel. 055 224406
Caffé Concerto Paszkowski
Aberto em 1846 como Caffe Centrale, em 1904 passou a família polonesa Paskowski que o transformou em cervejaria. No inicio de 1900 foi o local de encontro de artistas e personalidades da literatura. Paszkowski é atualmente, um dos lugares mais elegantes e clássicos de Florença, conhecido mundialmente pelas suas noites musicais. As belas salas no estilo de 1900, hospedam ainda desfiles de moda. Em 1991 foi declarado Monumento Nacional.
piazza d. Repubblica, 31-35/r - tel. 055 210236
Caffé Latteria Caffellatte
Aberto em 1920 como leiteria, ocupa o espaço de um antigo açougue como documentam as prateleiras, os ganchos, os balcões e os revestimentos em mármore. Em 1984 a nova proprietária, Vanna Casati, começou a servir o café da manha à antiga, com tigelas de café com leite, pão, manteiga, geleia e doces preparados ali mesmo. Atualmente, mesmo mantendo a função de leiteria do quarteirão, o local é frequentado pela qualidade de seus produtos (genuínos, vegetarianos, biológicos) e pela atmosfera, da qual fazem parte estudantes e professores da vizinha faculdade de Letras.
via degli Alfani, 39/r - tel. 055 2478878
Caffé Le Giubbe Rosse
Fundado em 1897 como “Cervejaria F.lli Reininghaus”, tornou-se logo e ponto de referencia da numerosa comunidade alemã, enquanto os florentinos a rebatizaram como “le giubbe rosse” devido ao curioso uniforme dos garçons. O ambiente internacional e a disponibilidade de revistas atraiu os jovens intelectuais florentinos que viram ali o nascimentos de diversas revistas literárias e movimentos artísticos. Entro os seus frequentadores: Papini, Soffici, Palazzeschi, Gadda, Gatto, Pratolini, Vittorini e Montale. Reaberto em 1947, depois da guerra, o café seguiu o declínio cultural da cidade e sua progressiva marginalização. Em 1991, com a gestão dos irmãos Smalzi, a imagem de local de troca cultural foi recuperada.
piazza della Repubblica, 13/r - tel. 055 212280
Gilli
Em 1733 a família suíça Gilli abriu “La Bottega Dei Pani Dolci” na via Calzaiuoli, que em 1860 se transferi a Via degli Speziali, em frente ao Trianon, celebre café. Em 1890 o negocio passa a família Frizzoni e, em 1920, finalmente passa a sede atual e torna-se um dos cafés literários onde se encontravam os artistas da época (Marinetti, Soffici, Boccioni, Carrà, Palazzeschi, ...). Os ambientes e a decoração, perfeitamente conservados, remontam àquele período e trata-se do único exemplo de cafeteria em estilo “Belle-époque” que sobreviveu em Florença. Particularmente interessante o balcão principal, decorado em bronze em estilo neoclássico, realizado pela famosa loja Coppedè.
piazza d. Repubblica, 36-39/r - tel. 055 213896
Pasticceria Bar Ruggini
Giuseppe Ruggini deu inicio a produção de biscoitos e doces frescos em 1914 na Via de'Neri, uma das ruas mais características da cidade e tornou-se logo um dos locais mais frequentados. A atividade e sabedoria do fundador passou de geração em geração ate Riccardo, que oferece aos clientes uma “pasticceria” fresca de alta qualidade, refinados pralinês e chocolate de produção própria. O café ampliado em 1989, encontra-se em um edifício histórico.
via dei Neri 76/r - tel. 055 214521
Rivoire
Em 1872 Enrico Rivoire, proveniente de Torino e mestre “chocolateiro” real, abriu este local como fabrica de chocolate. Aqui os florentinos aprenderam a degustar a famosa “cioccolata in tazza” - chocolate quente, tipico da tradição dos Savoia. O lugar tornou-se famoso rapidamente, graças também a sua excelente posição. Em 1977 o Rivoire passou às mãos dos irmãos Bardelli, que mantiveram todas as características artesanais: da tostadura do cacau à confecção dos produtos. O ambiente, em estilo do inicio de 1900, é muito agradável, mas não pode competir com a magia de uma xícara de chocolate quente com vista à fabulosa Piazza della Signoria ao por do Sol.
piazza della Signoria, 5/r - tel. 055 214412
Robiglio
Pietro Robiglio, de origem piemontesa, depois de experiencias como doceiro e padeiro em Milão e Verona, em 1928 inaugurou em Florença a sua primeira loja, conquistando em pouco tempo uma refinada e fiel clientela. Atualmente, Robiglio é uma moderna doceria, onde porem, é possível degustar as especialidades de antigamente: a “Torta Campagnola”, il “Fruttodoro” ou as “Gallete al latte”, para citar algumas. Parte da decoração foi reconstruída em base aos originais, parcialmente destruídos pela enchente de 1966. Existem filiais em via Toseinghi e Viale Spartaco Lavagnini.
via dei Servi 112/r - tel. 055 212784
Vivoli Piero Il Gelato
Em 1929, Serafi no Vivoli fundou a leiteria que rapidamente tornou-se uma agradável ponto de encontro onde tomar um café e comprar o Chantili nos domingos. Em 1932, os irmãos Vivoli decidiram produzir sorvete. O gelo natural vinha de Saltino, onde era produzido no inverno e conservado ate o verão. O transporte ate a cidade era feito durante a noite, para diminuir o descongelamento. Foi Piero, filho de um dos irmãos Vivoli, que entre os anos 60 e 70 levou ao auge a fama da sorveteria, citada nos guias turísticos de todo o mundo.
via Isola delle Stinche, 7/r - tel. 055 292334
(Fonte: Comune di Firenze)
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